Texto da jornalista Raquel Abecassis, sobre a entrevista a D.Manuel Martins:
Em entrevista ao programa “Terça à Noite” da Renascença, D. Manuel Martins diz que “a Igreja se tem baseado muito na liturgia que é essencial e também na dimensão social, mas a Igreja tem-se esquecido muito da dimensão profética que a faz estar no meio do mundo e chamar a atenção dos mais responsáveis, para o lugar que devem ocupar na construção da sociedade, sobretudo no comando da construção da sociedade”.
O bispo emérito de Setúbal lamentou que haja muitos católicos na política, mas católicos “que estejam a agir em harmonia com as exigências da sua fé, temos poucos”.
Por outro lado, D. Manuel Martins diz que nunca a Igreja foi tão dura nas denúncias sobre a situação social e “ainda não vi ninguém, nem um assessor do primeiro-ministro ou seja de quem for a acusar o toque.”
Sobre a situação que o país vive, D. Manuel Martins diz que Portugal demonstra que não aprendemos nada com os tempos difíceis que vivemos na década de 80, quando, particularmente em Setúbal se viveram situações dramáticas de desemprego e fome.
O bispo pede às forças políticas que guardem as suas posições para mais tarde e se unam em torno do essencial, e diz ter ficado “muito triste” com o discurso de vitória do Presidente da República, Cavaco Silva que, considera, o fragilizou no seu mandato.
Raquel Abecasis
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