segunda-feira, 21 de maio de 2012

Dar uma hora por dia à alma...

Numa altura em que vejo "partir" vários conhecidos e amigos, lembro-me do Padre António Vieira:

"Homens mortais, homens imortais, se todos os dias podemos morrer, se cada dia nos imos chegando mais à morte, e ela a nós; não se acabe com este dia a memória da morte. Resolução, resolução, uma vez que sem resolução nada se faz. E para que esta resolução dure, e não seja como outras, tomemos cada dia uma hora em que cuidemos bem naquela hora. De vinte e quatro horas que tem o dia, porque se não dará uma hora à triste alma? (...) Tomar uma hora cada dia, em que (...) cuidemos na nossa morte e na nossa vida. E porque espero da vossa piedade e do vosso juízo que aceitareis este bom conselho, querop acabar deixando-vos quatro pontos em consideração para os quatro quartos desta hora: primeiro, quanto tenho vivido? Segundo, como vivi? Terceiro, quanto posso viver? Quarto, como é bom que viva? Torno a dizer para que vos fique na memória: quanto tenho vivido? Como vivi? Quanto posso viver? Como é bem que viva? Memento homo?"
Sermões (14)
Do livro de citações de Padre António Vieira

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