"Pensa-se muitas vezes que a fé é algo que tem que ver com a salvação eterna do ser humano, mas não com a felicidade concreta de cada dia, que é o que agora nos interessa. Mais ainda. Há quem suspeite que sem Deus e sem religião seríamos mais felizes. (...)
Converter-se a Deus não significa decidir-se por uma vida mais infeliz e fastidiosa, mas orientar a própria liberdade para uma existência mais humana, mais saudável e, por último mais feliz, embora isso exija sacrifício e renúncia. Ser feliz tem sempre as suas exigências.
Ser cristão é aprender a «viver bem», seguindo o caminho aberto por Jesus. As bem- aventuranças são o núcleo mais significativo e «escandaloso» desse caminho. Para a felicidade caminha-se com o coração simples e transparente, com fome e sede de justiça, trabalhando pela paz com entranhas de misericórdia, suportando o peso do caminho com mansidão. Esse caminho desenhado nas bem-aventuranças leva a conhecer, já nesta terra, a felicidade vivida e experimentada pelo próprio Jesus".
José Antonio Pagola, O caminho aberto por Jesus, Gráfica de Coimbra, 2010, pp. 55 e 56.
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