domingo, 4 de setembro de 2011

Jesus abandonado, nosso ideal, nos ajuda a transfigurar a vida (1)

« Jesus nos amou plenamente em todos os instantes da sua vida. Porém se tivéssemos que precisar a ocasião em que nos mostrou mais claramente um amor sem limites, assinalaríamos o momento em que, antes de morrer, exclamou: "Meu Deus, Meu Deus, porque me abandonaste?"
  Com esta frase, tomada de um salmo, Jesus quis expressar o sentimento de angústia que o embargava. Nunca saberemos a que abismos de abatimento aludia com esta expressão, porém é evidente que se encontrava numa situação de especial solidão. Jesus não temeu a solidão da oração com o Pai; antes a cultivou e a amou. Não recusou a solidão da incompreensão por parte dos seus adversários, nem dos seus amigos. Entrou com passo firme na solidão turva que o rodeou em largas horas da sua Paixão. Porém, agora, se dirige ao Pai com um lamento extraordinariamente doloroso. Muito duro deve ter sido o tipo de isolamento a que se viu submetido neste instante!    
(...)
Porque se terá visto abandonado Jesus na cruz? Sem dúvida, porque assumiu todas as penas e os pecados dos homens: as dores físicas e as espirituais, as misérias morais, as lutas e discriminações, o mal dos inocentes... Os sofreu na sua pessoa e os redimuiu. »

Título do post e texto retirados do livro "Llamados al encuentro", de Alfonso López Quintás

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