☞ Lucas é o evangelista que mais se interessa pelo tema da oração e que faz do seu Evangelho um manual de catequeses sobre a oração. Vamos fixar-nos numa dessas catequeses, que assume a forma de parábola (Lc 18, 9-14).
☞ Dois homens subiram ao templo para orar. O fariseu orava na 1ª fila, vangloriando-se diante de Deus de todas as suas boas obras e sentindo-se mais digno do que o publicano que ficara junto à porta (VV. 11-12). O publicano, pelo contrário, não se atrevia a erguer os olhos, mas batia no peito, repetindo “Tem piedade de mim que sou pecador” (V. 13).
☞ Na realidade, o fariseu não reza diante de Deus, mas diante do seu próprio eu. Ora diante de um espelho no qual projecta a sua própria imagem maquilhada. Não há diálogo na sua oração, mas um longo monólogo… Que espaço reservaria para Deus nessa oração? Só o de espectador a quem cabe aplaudir no fim. Mas Jesus quer dizer-nos que não aplaude esse tipo de orações.
☞ O Evangelho fala de dois homens, um fariseu e outro publicano, mas na realidade, não é tanto a duas pessoas distintas que se quer referir, mas a duas atitudes que travam combate dentro de nós. Tenho que descobrir que há em mim um pouco de um e um pouco de outro. Se não o reconhecer, será fácil inverter a parábola. Há também quem dê graças a Deus por ser pecador, por não ser como os desprezíveis fariseus virtuosos. Quantas vezes encontramos na vida publicanos que invertem a parábola! As palavras mudam, mas a música continua a ser a mesma.
☞ É muito difícil apresentar-nos diante de Deus como pecadores! Todas as vezes que nos surpreendemos a nós mesmos como culpados de algum flagrante delito, a primeira coisa que fazemos é fugir do rosto de Deus como Adão (“cheio de medo, escondi-me”). Como hei-de apresentar-me assim diante de Deus? Não aguento tal vergonha…
☞ …Aquilo que costumamos fazer nestes casos é tratar de restaurar, por nossa conta, a auto-estima ferida, praticando alguma boa obra. E depois de compormos sozinhos a nossa imagem, então recorremos a Deus na oração e apresentamo-nos “dignos”.
☞ Imaginemos uma mulher que precisa de ir à cabeleireira, mas que diz para consigo: “Como vou apresentar-me diante da cabeleireira com este cabelo?” Decide arranjá-lo primeiro e, depois de estar apresentável, é que vai à cabeleireira.
☞ Dois homens subiram ao templo para orar. O fariseu orava na 1ª fila, vangloriando-se diante de Deus de todas as suas boas obras e sentindo-se mais digno do que o publicano que ficara junto à porta (VV. 11-12). O publicano, pelo contrário, não se atrevia a erguer os olhos, mas batia no peito, repetindo “Tem piedade de mim que sou pecador” (V. 13).
☞ Na realidade, o fariseu não reza diante de Deus, mas diante do seu próprio eu. Ora diante de um espelho no qual projecta a sua própria imagem maquilhada. Não há diálogo na sua oração, mas um longo monólogo… Que espaço reservaria para Deus nessa oração? Só o de espectador a quem cabe aplaudir no fim. Mas Jesus quer dizer-nos que não aplaude esse tipo de orações.
☞ O Evangelho fala de dois homens, um fariseu e outro publicano, mas na realidade, não é tanto a duas pessoas distintas que se quer referir, mas a duas atitudes que travam combate dentro de nós. Tenho que descobrir que há em mim um pouco de um e um pouco de outro. Se não o reconhecer, será fácil inverter a parábola. Há também quem dê graças a Deus por ser pecador, por não ser como os desprezíveis fariseus virtuosos. Quantas vezes encontramos na vida publicanos que invertem a parábola! As palavras mudam, mas a música continua a ser a mesma.
☞ É muito difícil apresentar-nos diante de Deus como pecadores! Todas as vezes que nos surpreendemos a nós mesmos como culpados de algum flagrante delito, a primeira coisa que fazemos é fugir do rosto de Deus como Adão (“cheio de medo, escondi-me”). Como hei-de apresentar-me assim diante de Deus? Não aguento tal vergonha…
☞ …Aquilo que costumamos fazer nestes casos é tratar de restaurar, por nossa conta, a auto-estima ferida, praticando alguma boa obra. E depois de compormos sozinhos a nossa imagem, então recorremos a Deus na oração e apresentamo-nos “dignos”.
☞ Imaginemos uma mulher que precisa de ir à cabeleireira, mas que diz para consigo: “Como vou apresentar-me diante da cabeleireira com este cabelo?” Decide arranjá-lo primeiro e, depois de estar apresentável, é que vai à cabeleireira.
Se acharmos ridícula esta história daremos conta de como é ridícula a nossa atitude para com Deus.
Vou à oração precisamente para que Deus me devolva a minha auto-estima perdida; e não tenho necessidade de a recuperar pelos meus próprios méritos. Posso apresentar-me diante de Deus com plena consciência do meu pecado.
☞ Mais grave seria que, se me recusasse a apresentar-me diante de Deus como pecador, me privaria da maravilhosa experiência de descobrir que Deus me ama e me acolhe. É Ele que me devolve a “graça”, que me põe o anel no dedo, as sandálias e a túnica branca (Lc 15,22).
☞ Só se percebe a ternura de Deus a partir da realidade do pecado. Se não quiser apresentar-me diante de Deus com o meu pecado, privo-me de descobrir a sua ternura, ou seja, o seu amor por quem é imperfeito. “Diante de Deus podes ser o pecador que és, não precisas de te maquilhar” (D.Bonhoeffer).
☞ Se fizermos a experiência da ternura de Deus como fez o publicano, como será fácil sentir ternura pelos outros apesar da sua condição de pecadores! O que o fariseu tinha de pior, não era a sua auto-complacência, mas o desprezo que sentia pelo publicano. Se nos sentirmos perdoados gratuitamente, sem mérito algum da nossa parte, não cederemos à tendência de passar a vida a julgar os outros.
☞ Mais grave seria que, se me recusasse a apresentar-me diante de Deus como pecador, me privaria da maravilhosa experiência de descobrir que Deus me ama e me acolhe. É Ele que me devolve a “graça”, que me põe o anel no dedo, as sandálias e a túnica branca (Lc 15,22).
☞ Só se percebe a ternura de Deus a partir da realidade do pecado. Se não quiser apresentar-me diante de Deus com o meu pecado, privo-me de descobrir a sua ternura, ou seja, o seu amor por quem é imperfeito. “Diante de Deus podes ser o pecador que és, não precisas de te maquilhar” (D.Bonhoeffer).
☞ Se fizermos a experiência da ternura de Deus como fez o publicano, como será fácil sentir ternura pelos outros apesar da sua condição de pecadores! O que o fariseu tinha de pior, não era a sua auto-complacência, mas o desprezo que sentia pelo publicano. Se nos sentirmos perdoados gratuitamente, sem mérito algum da nossa parte, não cederemos à tendência de passar a vida a julgar os outros.
Baseado no livro de Martín-Moreno, A Bíblia escola de oração, Editorial A.O., Braga.
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