segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Continua a aumentar...

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Ao contrário de outros países... nº de abortos legais continua a aumentar.


Lei pede provas impossíveis!

"A corrupção é protegida por leis confusas, por um Código de Processo Penal que exige provas impossíveis", referiu Maria José Morgado, a propósito da acção do marido (Saldanha Sanches) recentemente falecido.
(...)
"A outra caracterização da situação estava ligada aquilo que ele (Saldanha Sanches) designava por "carapaças jurídicas": leis suficientemente labirínticas, hipergarantísticas, rígidas, que serviam e servem de alimento à mecânica da corrupção."
Maria José Morgado, no jornal "Correio da Manhã" de 26.12.2010.

É perigoso ter gente que pensa...

Sol - Que reforma é que se pode fazer?
FV - Nenhuma, porque é isso que interessa ao poder. Ter uma sociedade de gente que pensa é muito perigoso. Ter uma sociedade de gente que pensa que pensa é fantástico. Temos aí as Novas Oportunidades para isso. Nós andamos sempre à procura do pai e à espera que este nos pegue ao colo. Se alguém fizer aquilo que me cabe a mim fazer, bato palmas e fico contente.
(...)

Sol - A Sociedade Bíblica anunciou que iria oferecer exemplares da Bíblia a todos os deputados. Enquanto especialista em assuntos bíblicos, que leituras da Bíblia lhes recomendaria?
FV - Do princípio ao fim. Desde logo, leria o texto dos vendilhões do templo. Há alguma perda do sentido do texto a partir das traduções que temos. A partir do original grego percebe-se que a grande fúria de Jesus é contra os vendedores de pombas. Porquê? As pombas eram o sacrifício, o gesto ritual litúrgico permitido aos mais pobres porque era o mais barato. Os muito ricos podiam oferecer uma vaca, os assim-assim podiam oferecer um carneiro ou uma cabra e os pobres uma pomba. A grande revolta está contra aqueles que, a partir da religião, oprimem os mais pobres. A revolta de Jesus hoje estaria, e está, contra aqueles que, tendo obrigação de cuidar da res publica, mamam à conta da res publica. Desculpe a vulgaridade, mas temos uma política de soutien: apoia a direita e a esquerda e mama das duas. Quem se lixa é o capim. Em África, há um ditado que diz que, quando os elefantes lutam, quem se lixa é o capim. E a todos os níveis nós estamos como capim: ora veja-se o elefante da senhora Merkel, coitadinha, que como pessoa me merece todo o respeito.

Continuação da entrevista de Frei Fernando Ventura ao jornal "Sol"

"Parece que está tudo maluco"

Sol- Quais são as situações que mais o revoltam?
Frei Fernando Ventura - Revolto-me muito. Tenho mau feitio. Vivo mais em Itália que em Portugal e cada vez vejo mais Portugal parecido com a Itália.
Sol - No que diz respeito à corrupção?
FV - No que diz respeito à corrupção, à Máfia, à Maçonaria desviada, aos jogos de poder. Temos uma estrutura social e política montada no penacho, no compadrio, na corrupção legal. Não temos partidos com linhas políticas, temos partidos com gatafunhos ideológicos. Isto dói-me muito. A política não pode ser profissão, tem de ser serviço.
Sol - Profissão e trampolim?
FV - Sim, sim. A pisar os outros e a passar uma mensagem negativa para o resto do mundo. No ensino não lembra a ninguém inteligente o que está a acontecer em Portugal com o Magalhães, que é simples manobra de propaganda política, é pó-de-arroz do primeiro-ministro, que bem precisa, coitado! Precisa de lifting, de peeling, de tudo. Parece que está tudo maluco. Costumo dizer que metade do mundo está maluco e a outra metade toma pastilhas. Tenho andado, nestes últimos tempos, a tratar de arranjar dinheiro para abrir poços em Timor-Leste. Quando chego a Portugal e ouço o Presidente da República de um país - para o qual ando a pedir dinheiro para fazer poços, para dar água às pessoas _- dizer que vem comprar a dívida do meu país, alguém está a brincar com a minha cara. Ou então estão a brincar com os timorenses! Eu não podia acreditar. Este homem [Ramos-Horta] não é Presidente de Timor, de certeza. Eu ando a ver se lhe arranjo dinheiro para lhe abrir um poço, na terra dele. E ele vem tentar tapar o poço económico do meu país. Fantástico!

Excerto da entrevista de Frei Fernando Ventura ao jornal "Sol" (30.11.2010)

sábado, 18 de dezembro de 2010

Sufoco da inteligência ?!

"Todos os regimes cuidam de sufocar a inteligência, que não só é desnecessária nos termos de seja que forma for de organização, mas constitui, além disso, um factor adverso e, por conseguinte, uma ameaça. As pessoas de bom senso, por exemplo, põem-se interrogações assustadoras, subversivas. (...) As ditaduras suprimem a liberdade de pensamento (e, com frequência, também o pensador). Em democracia, cada cabeça vale um voto, ainda que se trate de uma cabeça oca. Todas as formas de domínio procuram impor a uniformidade dos pensamentos, dos desejos, do mesmo modo que visam massificar os indivíduos e vinculá-los a um modelo comum de imbecilidade.
Tal é a essência do poder. Que resulta das escolhas evolutivas e culturais da nossa espécie. O «homem massa» da moderna sociedade industrial (dissuadido de pensar, ensinado a alimentar desejos idênticos aos dos seus semelhantes, porque impostos por sistemas de condicionamento extremamente eficazes), o homem que se limita a saber desempenhar uma função, é o produto de um processo evolutivo que dura há milénios e se orienta para a repressão da inteligência. Quem diz «não me agrada», considera: «A evolução confundiu tudo.» Será verdade?"
Pino Aprile, Elogio do imbecil, Publicações D.Quixote, 2003.
Num tempo de crise, o pior que nos pode acontecer é o sufoco da inteligência...
... E há quem esteja apostado nisso!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Deus envia o Seu Filho

Deus envia o seu Filho para Salvar o Mundo
Dibujos de Fano (via Professorado de Religión)

Autores bíblicos

"Eram orientais e nós viemos entretanto a saber que as pessoas no Oriente de então e, até certo ponto, ainda as de hoje, pensam e escrevem muito diversamente de um pensador «ocidental» europeu. Encontrei num exegeta (cientista da Bíblia) a narrativa de uma história que te pode ajudar a esclarecer algumas coisas:
Numa tenda, em redor de uma fogueira, alguns beduínos estão sentados, ao entardecer. Têm no meio deles, um hóspede do Ocidente. Onde houver orientais contam-se histórias. Quanto mais bela for a história, com maior certeza o hóspede do Ocidente perguntará no fim: «Isso é tudo realmente verdade?» Olham para ele sem compreender. O que terá o homem? Se é verdade? Então ele não sabe que sim, que é verdade? - O hóspede dá conta que não o compreenderam e explica: «Sim, eu gostava de saber se isso aconteceu realmente assim.» Resposta: «Se assim aconteceu é secundário, a verdade não é isso. A verdade é o que a história quer dizer!» (Max Zerwick)".
In: "A Bíblia e os jovens", de Gerhard Debbrecht
Eis aqui a razão de um ocidental ter tanta dificuldade de se abeirar dos textos bíblicos...

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Boato

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Agradar

Júlio Magalhães no "Janela Indiscreta":

Qual o seu lema de vida?
"Agradar a toda a gente".

In "Sol" de 22.10.2010

Para um Director de Informação da TVI, não está nada mal...

Será possível uma informação que agrade a toda a gente?... Que não incomode ninguém?...

domingo, 5 de dezembro de 2010

Só agora, Ulrich?

Já agora, esse senhor banqueiro de que falava no post anterior, o tal Fernando Ulrich, referiu (acusou...) que só não foi feita a fusão BCP-BPI por razões políticas... [Lembram-se para onde foi o Vara?... (digo eu)].
Mas como muito bem lembra Rui Costa Pinto, no seu Blogue, porquê só agora Ulrich fala assim, quando o dito possível negócio remonta a 2007 ?

Os governos enfraquecem e as pessoas começam a sentir-se à vontade para falar...

Ia ser lindo...

É preciso liberalizar o despedimento individual de trabalhadores, disse Fernando Ulrich, presidente do BPI, num pequeno-almoço promovido pelo "Jornal de Negócios".
Segundo ele, esta seria uma das medida indispensáveis para o país (neste tempo de crise).
Só posso dizer que estes senhores entraram num ponto "estratosférico" do pensamento, onde tudo se rege por números, acções e cifrões...
Será que uma tal liberalização (Deus nos livre nosso Senhor...) não iria causar muitos mais danos à sociedade, do que aquilo que o douto senhor afirma ir resolver?...
Imagine-se os nossos empregadores com uma arma dessas nas mãos... Ia ser lindo...