Este livro (escrito por dois editores da revista "Economist", um católico e um ateu) tem muito interesse, por aquilo que revela sobre as modernas tendências religiosas.
E tira algumas conclusões surpreendentes...
"Este livro mostrou que os teóricos da secularização estão errados ao afirmarem que a modernidade e a religião são incompatíveis. A religião sempre prosperou no país mais moderno do mundo (e na sua cidade mais cosmopolita). Agora, está também a prosperar na maior parte do mundo modernizado, desde a Ásia ao Médio Oriente. As grandes forças da modernidade - tecnologia e democracia, escolha e liberdade - estão a fortalecer a religião em vez de a minar.
Dêem às pessoas a liberdade de controlarem a sua vida e, para melhor ou para o pior, optam frequentemente por dar à religião mais força. Dêem às pessoas religiosas a tecnologia moderna e elas usam-na para comunicar a Palavra de Deus a uma faixa cada vez mais vasta de fieis. George Bush (quer revelando o seu íntimo secular liberal, quer ignorando a história da América) viu a democracia como uma forma de enfraquecer o islão. Mas, de facto, quanto mais democrático o Médio Oriente se torna mais os "partidos de Deus" prosperam. A democratização da China, se alguma vez acontecer, podia causar, no cristianismo, um dos maiores picos da história da humanidade. «A democracia está a dar voz aos povos do mundo e eles querem falar de Deus», escreveram Timothy Shah e Monica Toft." (pp.500-501)
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