"O conformismo é a arte de se acomodar, de não reagir e de aceitar passivamente as dificuldades psíquicas, os acontecimentos sociais e as barreiras físicas. O conformista impede o eu de lutar pelos seus ideais, de investir nos seus projectos e de transformar a sua história. Não assume a sua responsabilidade enquanto agente transformador do mundo, pelo menos do seu mundo.
O conformista acredita que todas as coisas são obra do destino; o activista acredita que o destino é uma questão de escolha. O conformista é vítima do seu passado, o activista é o autor da sua própria história. O conformista vê a tempestade desabar e amedronta-se, o activista vê no seio da tempestade a chuva e a oportunidade de cultivar. O conformista fica preso ao passado, o activista liberta-se no presente.
[Não existem seres humanos 100% conformistas ou activistas, porque ninguém bloqueia todas as funções da sua inteligência ou as liberta completamente!...]
O conformismo é a armadilha da mente que arrasta grande parte dos jovens e adultos. Não é catalogado como uma doença, mas é uma característica doentia da personalidade que se encontra pulverizada em todas as sociedades. Soterra capacidades, anula dons, contrai competências e bloqueia algumas das funções mais notáveis da inteligência".
Augusto Cury, O código da inteligência, Pergaminho, Lisboa 2008.
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